TCU aprova acordo para concessionária continuar administrando o Galeão

Tribunal deu aval a novo contrato que altera regras de outorga, retira a Infraero da sociedade e dispensa obras de terceira pista; litígios de R$ 8 bilhões se...

TCU aprova acordo para concessionária continuar administrando o Galeão
TCU aprova acordo para concessionária continuar administrando o Galeão (Foto: Reprodução)

Tribunal deu aval a novo contrato que altera regras de outorga, retira a Infraero da sociedade e dispensa obras de terceira pista; litígios de R$ 8 bilhões serão encerrados. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, nesta quarta-feira (4), a proposta de acordo consensual que permite que a concessionária Rio Galeão continue administrando o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Tom Jobim. O contrato foi repactuado com mudanças significativas. Dentre as principais estão: ▶️A outorga fixa que é paga à União passará a ser variável e relacionada ao faturamento da concessionária. A alíquota desta contribuição foi definida em 20% das receitas da concessão; ▶️Não será necessário a construção de uma terceira pista de pouso e decolagem; ▶️Saída da Infraero do quadro societário, que detém atualmente 49% de participação acionária; ▶️Obras de infraestrutura não estariam contempladas no acordo, apenas despesas de manutenção e conservação do aeroporto; ▶️Renúncia de litígios na ordem de R$8 bilhões. Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão Reprodução/TV Globo Ao g1, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que a decisão é “muito importante não só para a aviação do Rio de Janeiro como a do Brasil”. “A concessionária Changi vem imprimindo uma boa governança à frente do aeroporto, tem batido recordes do ponto de vista de voos internacionais e a decisão do tribunal”, disse Costa Filho. "Foi uma construção coletiva, depois de muito diálogo entre a Anac, o TCU, Ministério de Portos e concessionárias fizemos uma construção coletiva de maneira que temos agora a consolidação dessa concessão ao Rio, isso vai dar segurança jurídica, previsibilidade e que a aviação do Rio é do Brasil se fortaleça ainda mais”, complementou. A repactuação do contrato também prevê um leilão simplificado. A Rio Galeão poderá participar do certame, em iguais condições do que outros concorrentes. Caso não haja interessados, a concessionária permanece com a gestão do aeroporto e deverá ressarcir a Infraero no montante equivalente ao que ela ela detém do ativo, que é de 49%. Conheça o contrato O contrato foi assinado em 2014 e tem duração de 25 anos, ou seja, até 2039. O que estava sendo analisado era um pedido para que a empresa Changi Airports continuasse na operação da concessão do aeroporto. Anteriormente, a Changi havia manifestado o interesse de devolver a concessão por questões financeiras, relacionadas à pandemia de Covid-19, mas depois voltou atrás e decidiu negociar a sua permanência no terminal com a reconfiguração dos termos do leilão. "Essa nova sistemática visa tornar os ativos mais resilientes a variações de mercado, pois as contribuições anuais aumentam ou diminuem conforme a evolução da receita gerada pelo aeroporto", destacou o ministro-relator do caso, Augusto Nardes.

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